quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como um caracol.

Será que merecia esse amor? Parece tão puro e verdadeiro, não sei se mereço uma coisa tão bonita e pura assim.  Sou tão diferente de você, você sabe o que dizer, como agir, o que pensar, e eu? Eu sou uma menina mimada, sem coração, boba e sem graça, confusa e medrosa.  Tenho medo de tentar, medo de tudo não ser como eu imaginei que seria, sei lá, as coisas se parecem tão fáceis quando olhas com outros olhos.
Queria te ter do meu lado quando eu ficasse com medo do escuro, pra você me perturbar depois me fazer carinho, te ter nos dias frios, pra você me abraçar, te beijar na chuva, só pra saber como é, te ouvir falar bem baixinho no meu ouvido, só pra ter aquela sensação gostosa de arrepio, na verdade queria te ter em todos os momentos.  Mais alguém me diz onde vende CORAGEM? Preciso dela pra poder tentar mudar as coisas por aqui, pra poder acreditar que se eu cair vou poder levantar, mais esta bendita coragem não se vende, tenho que conquista-la sozinha, o que pra mim se torna mais difícil.
Porque ‘‘eu nunca declarei o meu amor em termos vocais, mas, se existe uma linguagem do olhar, até o mais reles idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonada, ele me compreendeu, e ao menos me retribuiu com um olhar, o mais doce de todos os olhares imagináveis, e o que fiz?...Escondi-me com indiferença dentro de mim mesma, como um caracol,..., até que por fim a criatura inocente foi levada a duvidar de suas próprias impressões, e tomada pela dor do engano, foi-se embora..., eu amo o chão que ele pisa, e o ar que ele respira, e tudo aquilo em que ele toca, e todas as palavras que saem de seus lábios, amo a figura dele, e os atos dele e amo-o por inteiro, e de maneira absoluta... Então ele jamais vai saber o quanto o amo, não por ser charmoso, mas porque ele é mais eu do que eu mesma. Seja qual for a substancia de nossas almas eu e ele somos feitos da mesma, e a de qualquer outro é tão diferente quanto o luar é do relâmpago, ou a geada do fogo. ’’

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